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QUE TIPO DE DIZIMISTA EU SOU?




QUE TIPO DE DIZIMISTA EU SOU?

 

    Logo no início da minha caminhada missionária, quando passei a viajar por este Brasil sem fim, perguntava a mim mesmo o motivo que levava as pessoas a serem dizimistas. Sim, porque não se trata de um compromisso obrigatório, mas espontâneo. A Bíblia não obriga, só orienta. A Igreja não obriga, só conscientiza a respeito. 

    Claro que, após um intenso trabalho de evangelização, o que se espera é mesmo essa tomada de atitude por parte dos católicos, assumindo e vivendo o dízimo. Mas, naqueles tempos, esse processo de evangelização estava ainda iniciando. Comecei a perceber que existem muitos motivos que levam as pessoas ao dízimo. 

 

    Alguns são dizimistas por acreditarem no dízimo como uma varinha mágica, usada por Deus para transformar a vida das pessoas da noite para o dia, acabando com os problemas, enchendo os bolsos de dinheiro. Infelizmente, há gente que acredita nisso, porque algumas pessoas insistem em pregar o “dízimo do permuta”, ou seja, Deus lhe dá as riquezas em troca da generosidade na sua oferta material. 

 

    Outros são dizimistas por tradição. Sabe aquela coisa de avô para pai e de pai para filho? Pois é! É uma tradição de família e, por isso, deve continuar sendo feito e pronto. Não se sabe bem por quê, mas vai se fazendo. 

 

    Outros o fazem por medo. É isso mesmo! Medo! E não é difícil compreender a origem desse medo. Há gente que se baseia somente na legislação sobre o dízimo, aquela que encontramos no Antigo Testamento e, lá, “que pisa fora da linha, é punido”. 

 

    Uma figura que não consigo entender é o dizimista temporário. Aquele que se torna dizimista porque precisa batizar um filho ou solicitar um serviço da comunidade. Após receber o que quer, no entanto, deixa de ser dizimista. 

 

    Mas também percebi que existe o dizimista de verdade. É aquele que sabe o quanto Deus é maravilhoso, que lhe deu tudo de graça e sem a Graça de Deus não sobrevive. Então, como uma resposta de amor a Deus, assume o seu papel de filho de Deus, de membro da Igreja e, fazendo a sua parte, ajuda a construir o Reino de Deus. Simplesmente para que muitos outros também possam conhecer Deus através da Evangelização. 

 

    Existem outros tipos, basta a gente prestar atenção nos comportamentos. Mas, melhor do que ficar reparando nos outros, é a gente fazer a pergunta para nós mesmos: que tipo de dizimista sou eu? 

 

 

 

 

Odilmar de Oliveira Franco – Instituto MEAC – Curitiba PR

Pastoral do Dízimo – Comunidade Santo Antônio

Paróquia Santo Antônio – Anhangabaú – Jundiaí SP